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CDU apresenta o seu programa para a Penha de França

  • Foto do escritor: cdupenhadefranca
    cdupenhadefranca
  • 12 de set. de 2017
  • 4 min de leitura

Decorreram dia 09 de Setembro duas iniciativas de apresentação do programa eleitoral da CDU à Freguesia da Penha de França, junto ao mercado de Sapadores e na Praça Paiva Couceiro. Nas iniciativas estiveram presentes Daniel Oliveira, 1º candidato à Junta de Freguesia da Penha de França, João Ferreira, candidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, e Carlos Moura, 2º candidato à Câmara.


A primeira iniciativa decorreu de manhã, junto do mercado de Sapadores, com a presença de Daniel Oliveira e João Ferreira. Daniel Oliveira, afirmando ser a CDU “uma força política que nunca vira a cara à luta”, sendo uma “presença permanente nas ruas da Freguesia ao longo do ano”, destacou as principais prioridades e propostas para Freguesia da Penha de França – mobilidade e estacionamento, ambiente, cultura, educação, desporto, higiene e segurança pública, entre outros -, que resultaram de uma “contribuição de toda a população, auscultada em múltiplas iniciativas de contacto”.


Mobilidade e estacionamento

Nesta área foi destacada a incontornável situação do estacionamento na freguesia, classificada como “caótica”. Foi defendido que a única solução é aumentar o número efectivo de lugares disponíveis para estacionamento, em altura, subterrâneos ou de superfície, aproveitando terrenos abandonados e sem projecto, contrariando assim a solução apresentada pelos executivos de maioria PS da Câmara e da Junta ao alargar o espaço gerido pela EMEL, o que não resolve, por exemplo, o estacionamento nocturno. Destacou-se a proposta da CDU para a criação de um parque junto às finanças da Av. General Roçadas, aprovada, apesar de se tratar de um mero paliativo. “É preciso mais!”. Essencial é, referiu também, a existência de uma rede de transportes públicos de qualidade.

Foram lembradas as zonas periféricas da freguesia, com passeios em mau estado e que apresentam um perigo para a segurança pública, dando-se o exemplo da degradação das perpendiculares à Av. Afonso III, numa freguesia pensada “para turista ver”.


Ambiente

Em relação ao ambiente, evidenciou-se a falta de espaços verdes e a poluição na freguesia, “resolvidas” com acções pontuais de voluntariado “para a fotografia”, referindo-se ser essencial aumentar a oferta destes espaços de lazer e convívio e de criar um plano estratégico para uma melhoria sustentável e duradoura do ambiente.


Cultura

Destacando-se a ausência de uma política de cultura pelo actual executivo da Junta, focado em iniciativas “ocasionais e centralizadas na Praça Paiva Couceiro”, propôs-se a descentralização democrática das actividades culturais, alargando-a aos bairros e zonas periféricas da freguesia. É também objectivo fundamental da CDU “devolver a criação e produção cultural às pessoas”, sugerindo a criação de um “Centro Cultural da Penha”, onde possa existir um espaço de ensaios de bandas, de dança, de artes plásticas e de espectáculos aberto a todos e para todos.


Educação

Daniel Oliveira referiu a necessidade de “trazer as escolas à freguesia”: “é preciso aproveitar a força dos jovens” integrando as escolas no desenvolvimento de projectos culturais, ambientais e desportivos na freguesia, desenvolvendo a oferta de actividades planeadas complementares aos currículos escolares.

Foi lembrada a realidade demográfica da freguesia, nomeadamente em relação à distribuição etária, para justificar a criação de uma Universidade Sénior, onde seja possível, mais do que entreter, potenciar as capacidades deste grupo da população.


Desporto

Para o desporto, apontou a necessidade de criar uma estratégia pensada para a prática desportiva, aumentando a oferta de actividades físicas e equipamentos desportivos na freguesia, actualmente muito limitados, abrindo os equipamentos escolares sub-aproveitados à população geral, e criando escolas de desportos para todas as idades, em integração com o movimento associativo local.


Seguiu-se a intervenção de João Ferreira, que começou ironizando um generalizado “contrabando de propostas” e planos “pouco sérios” por parte de outras forças políticas neste período eleitoral, de que é exemplo a promessa do PS de criar 6 mil casas com rendas acessíveis no próximo mandato, quando tinham prometido, há 4 anos, 5 mil casas, não tendo disponibilizado nenhuma, ou propostas para o Metro e a Carris de quem teve “muitas e graves responsabilidades na destruição destes serviços”.


Distinguindo a CDU das outras forças políticas, João Ferreira referiu que “nós temos provas dadas”, lembrando propostas da CDU em Assembleia Municipal para resolver o problema do estacionamento em Lisboa, para a revitalização dos mercados (aprovada, mas pouco operacionalizada) e para a devolução da 4ª carruagem da linha verde do metro (rejeitada). Destacou o exemplo da freguesia de Carnide, de executivo CDU, que classificou de “exemplo a seguir”, nomeadamente no que respeita a uma gestão de proximidade, no combate ao encerramento de serviços públicos e numa política de desporto e cultura de qualidade para todos.


Ao longo da sua intervenção apresentou como necessário para Lisboa o aproveitamento do património municipal imobiliário, com a criação de uma bolsa de fogos para arrendamento a custos acessíveis; a promoção da economia para além do turismo (estímulo ao desenvolvimento da ciência e tecnologia, em colaboração com as Universidades e Escolas Superiores, ao comércio tradicional, aos serviços, à indústria verde); a reposição do serviço da Carris, no alargamento da frequência, horários e preços mais baixos, bem acima dos níveis de 2011, que é a actual proposta do PS; o alargamento da linha vermelha e verde do metro; a defesa dos serviços públicos, nomeadamente dos hospitais centrais de Lisboa; o aumento do número de espaços verdes e a criação de uma política municipal de desporto e cultura para todos. Terminou a sua intervenção afirmando que “temos visto o reconhecimento do nosso trabalho pela população”, pedindo “mais força” no próximo mandato.


Na intervenção da tarde, perante uma Praça Paiva Couveiro composta, Daniel Oliveira reforçou o que fora apresentado nessa manhã, lembrando ainda a situação mal explicada da piscina da Penha de França, com dinheiros públicos gastos em obras mal-feitas, com a entrega da gestão da piscina a um clube privado, deixando agora a população da Freguesia perante uma piscina fechada, mas sem ninguém que assuma as responsabilidades pela situação actual, e defendendo uma piscina pública, municipal e de qualidade. Lembrou que os actuais executivos da Câmara e da Freguesia não podem defender que esta não era a solução que pretendiam, quando foram estes que a escolheram.


Já Carlos Moura destacou que nem a freguesia da Penha de França nem Lisboa podem ser pensadas isoladamente, mas sim integradas no plano da área metropolitana, nomeadamente no que diz respeito aos transportes públicos, mas também em políticas de cultura, desporto, económicas, entre outras. Lembrou que a CDU “faz um trabalho permanente e não apenas em ano de eleições”, com provas dadas no país e em Lisboa de “Trabalho, Honestidade e Competência”, defendendo “um novo rumo para Lisboa”.


Seguiu-se uma “ginjinha de honra”, em que os candidatos estiveram disponíveis para ouvir e discutir com a população reunida na praça para ouvir as propostas da CDU, ao som da tradicional “Carvalhesa”.


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