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Junta de Freguesia da Penha de França encerra Pólo da Morais Soares e deixa a população sem Posto Mé

  • Foto do escritor: cdupenhadefranca
    cdupenhadefranca
  • 24 de fev. de 2018
  • 3 min de leitura

Sem aviso prévio à população ou aos membros da Assembleia de Freguesia, a Junta de Freguesia da Penha de França encerrou, no final do passado dia 16 de Fevereiro, e por tempo indeterminado, as instalações no Pólo da Morais Soares.


Sem pôr em causa a justeza da decisão – o Pólo fecha por falta de segurança do edifício, no seguimento de um parecer feito pelo LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil) – a CDU não pode deixar de condenar a forma como o processo decorreu.


Pese embora o encerramento das instalações fosse expectável e o relatório do LNEC já estivesse na posse do Executivo há quase três semanas, este não tomou quaisquer medidas para evitar que, na passada 2ª feira, dia 19 de Fevereiro, a população se dirigisse ao Pólo e “batesse com o nariz na porta”.


Para além da informação escrita afixada na porta do Pólo se encontrar apenas em portu­guês, deixando na ignorância muitos dos estrangeiros que vivem na freguesia, houve mesmo quem, prestando serviços de saúde naquele edifício, só ali tivesse conhecimento da descen­tralização dos serviços. Por surreal que possa parecer, esta mesma situação foi testemu­nhada pelos eleitos da CDU.


Com uma redistribuição de serviços feita “em cima dos joelhos”, ao contrário do que afirma o Executivo, a CDU considera que não está assegurado o funcionamento de todos os serviços, senão veja-se:


  • Posto de Atendimento: divide-se agora entre a Sede da Junta e o Espaço Multiusos (debaixo do viaduto da Av. Coronel Eduardo Galhardo);

  • Serviços de Enfermagem e Gabinete de Desenvolvimento Social: Espaço Nova Atitude, na Quinta do Lavrado;

  • Assuntos relativos à Divisão de Educação, Desporto, Cultura, Acção Social e Saúde: Espaço Multiusos;

  • Assuntos relativos à Assembleia de Freguesia: Espaço Multiusos.


Onde é que está a funcionar o Posto Médico? É este um serviço menor, que de tão irrele­vante para a população da Penha de França, se viu esquecido nas mudanças? Até quando, a resposta à pergunta “Onde vai funcionar o Posto Médico” vai ser a que ainda ontem, dia 22 de Fevereiro, nos foi dada: “Ainda não sabemos”?


E se a CDU sempre criticou o abandono a que a Quinta do Lavrado tem sido votada por parte dos sucessivos executivos, regista agora como positivo o passo dado no sentido da inte­gração do Bairro na freguesia, através da des­centralização de serviços para o Espaço Nova Atitude.


No entanto, não podemos deixar de perguntar que medidas foram ou vão ser tomadas para ga­rantir a acessibilidade da população aos trata­mentos de enfermagem, que agora aqui se en­contram? Acaso experimentaram os membros do Executivo fazer o percurso a pé ou de trans­portes públicos? Se estes sempre foram insufi­cientes para fazer face às necessidades da po­pulação do Bairro, como a CDU sempre disse (o 730 é carreira única no Bairro, a circular com in­tervalos mínimos de 22 minutos), como vão con­seguir servir toda a freguesia? Por outro lado, o que é que vai ser feito para facilitar o acesso a quem se desloca com meios auxiliares (cadeiras de rodas, canadianas, andarilhos)?


Por seu turno, os moradores da Quinta do Lavrado ficam ainda mais distantes de serviços prestados, por exemplo, nos balcões de atendimento da Junta. Com o encerramento do Pólo, vêem-se forçados a subir mais 550 a 850 metros,


consoante se desloquem à Sede ou ao Espaço Multiusos.


E porque não há funcionamento de serviços sem trabalhadores, e porque os trabalhadores não são descartáveis nem meras peças de um jogo de tabuleiro, que medidas foram toma­das nos vários espaços para acolher os trabalhadores do Pólo? Estão-lhes garantidas con­dições de trabalho dignas ou foram simplesmente atirados para uma qualquer secretária sem mais nem porquê?


Sim, são muitas perguntas! Mas, para todas elas, os eleitos pelo PCP querem res­posta! Porque a resposta é devida, não só às forças políticas que intervêm no quadro da freguesia, como sobretudo à população.


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